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Sertão, verde quero ver-te

Falar no sertão nordestino em muitos casos remete ao pensamento de um lugar de clima seco, com predominância de plantas espinhosas (cacto, mandacaru, jurema,...), o chão rachado e pouco verde.

É notório que a concepção dessa imagem advém da imagem que pode ser observada em grande tempo nesse território. Longos períodos de estiagem contribuíram e contribuem para a existência dessa paisagem, repercutindo em vários dissabores para os moradores dessas localidades, que têm na agricultura e pecuária as principais fontes para o seu sustento.

Sem a água a colheita pode não acontecer, o plantio pode se tornar inviável e pastagens não se desenvolvem.

Toda essa conjuntura traz infortúnios aos moradores e animais que habitam a área, pois mesmo com os níveis de progressos e inovações e a atual facilidade em se obter novas tecnologias proporcionadas, a falta d’água ainda pode representar para o agricultor e moradores dessas zonas em escassez de alimentos e de outros de recursos necessários a manutenção de uma vida digna.

Com essa produção não se pretende negar tal realidade, mas mostrar toda a potencialidade latente nessa região, buscando tornar perceptível a importância de se investir em alternativas corretas que reduzam, quando não extingam, a falta d’água nos longos períodos de seca e suas consequências.

Ainda, percebe-se que muitos moradores da localidade, dela egressos ou que nela trafegam, devido a múltiplos fatores acabam por não notar ou reservar um momento para admirar e refletir sobre as belezas presentes no panorama nordestino, bem como as mudanças trazidas pelas chuvas.

O trabalho surgiu tendo em vista esse contexto, e tem como um de seus principais objetivos buscar mostrar uma face do nordeste diferente daquela estereotipada muito presente no imaginário coletivo, e, mesmo que indiretamente, trazer mais reflexões acerca da situação do trabalhador e pequenos proprietários rurais desses locais que, embora sejam importantes inclusive para a  economia brasileira, talvez não se beneficiem o tanto que poderiam dos recursos tecnológicos existentes e disponíveis na sociedade atual, que poderiam auxiliar na redução dos impactos decorrentes da falta d’água nesses espaços.

Espera-se que se abstraia através do colorido das imagens toda a vida que existe no Nordeste brasileiro, mesmo nas regiões mais áridas, que embora experimentado períodos de escassez de águas consegue modificar todo o seu cenário após período chuvoso, transformando o que outrora era quase em sua totalidade formado basicamente pelos tons marrons, se encher de verde e outras cores que em muito representam a vida. Ainda pretende-se exaltar suas belezas retratando outros aspectos, como os encantos do pôr do sol que nelas se pode observar.

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